Bom dia , Verônica. Livro x série.

 


Têm spoiler, então se não viu a série e nem leu o livro, indico que vai maratonar, depois venha conferir a resenha.

Bom dia, Verônica.

Autor(es): Raphael Montes e Ilana Casoy.

Gênero: Suspense, Ficção policial.

Sinopse: Chegou a hora de abrir a caixa e revelar muito mais que um mistério ― uma parceria, um pacto vivo a quatro mãos, um suspense que atormentou leitores e despertou questionamentos. Qual a verdadeira identidade de Andrea Killmore? Por trás de um thriller hipnotizante e surpreendente, duas mentes sombrias, familiares ao perigo e a todos os amantes da literatura dark: Casoy e Montes.

A rotina da secretária de polícia Verônica Torres era pacata, burocrática e repleta de sonhos interrompidos até aquela manhã. Um abismo se abre diante de seus pés de uma hora para outra quando, na mesma semana, ela presencia um suicídio inesperado e recebe a ligação anônima de uma mulher clamando por sua vida. Verônica sente um verdadeiro calafrio, mas abraça a oportunidade de mostrar suas habilidades investigativas e decide mergulhar sozinha nos dois casos. Um turbilhão de acontecimentos inesperados é desencadeado e a levam a um encontro com lado mais sombrio do coração humano.



Resenha: Olá pessoal, eu fiquei tão ansiosa por está resenha, no qual mistura maratona de série, e de certa forma, ¨maratonei¨ o livro também. Esse livro é o primeiro que leio, tanto do Raphael quanto da Ilana, mas virei uma grande fã dos dois. 

Vamos lá...

    Desde o começo da divulgação da Darkside, eu fiquei ansiosa e curiosa para ver, pois é um assunto que me chama atenção. A série maratonei em 2 dias e só não foi em 1 por falta de tempo.
    Do enredo do livro para série, foi tirado personagens, criados novos. Mas os dois tratam do mesmo assunto, violência contra a mulher, relação abusiva, psicopatia, sereal killer, golpe na internet.
    O que mudou? No livro o caso  Marta campos, trata de uma pessoa que foi vítima de um golpe da internet através de um site de relacionamento, até ai os dois são iguais, porém no livro, o golpista fazia necrofilia, ele induzia as vítimas a cometer suicídio e praticava os atos. no qual mentia que tinha uma funerária para retirar os corpos.
    
   Brandão é um sargento que aparece de forma diferente na série e no livro.
   Na série; é um sargento com muitas medalhas. e no livro; ele passa despercebido.
   No livro há uma explicação para as coisas que ele faz. Ele faz Janete pegar as moças na rodoviária, dizendo que vai dar serviço para elas, leva para um Banker no meio do nada, pendura elas, e diz para Janete que solta elas mais tarde. Observei que no livro, colocam que ele têm um trauma de infância, Brandão faz essas coisas, pois sua vó fazia para ele também, e sua mãe o abandonou.



    Na minha opinião, entendi que ele pegava as meninas porque sua mãe o abandonou, e todas essas meninas que chegavam de outro estado sozinhas, era porque tinham fugido de casa, e deixado a família para trás, assim como sua mãe. Mas lembrando que por pior que for o trauma de infância, nada justifica matar pessoas, bater em sua mulher, achar que sua mulher é um objeto ou empregada que está a sua disposição. Nada justifica ser um Sereal Killer.
    No final vemos que Brandão não tinha nenhum sentimento, ele vivia com Janete apenas para força-la a pegar as meninas. 

    ¨ Merecia punir as mulheres malditas abandonadoras de família que sempre descem as escadas dos ônibus daquela rodoviária porca. Agora quem vai conversar com elas? ¨
                                                                                                                Brandão.

    Tanto na série, quanto no livro, acompanhamos a vida da Janete, que é esposa e vítima de Brandão, realmente estamos na cabeça de Janete, e o quanto é bizarro estar na cabeça de uma vítima de violência, ao mesmo tempo que ela quer se livrar dessa vida, ela também o ama, mesmo com as agressões verbais e físicas, ela acha que ele vai melhorar. Ao mesmo tempo que ela quer salvar as vítimas, ela tem medo de ser a próxima vítima dele.
    

    No meio disso tudo temos a Verônica, que na série é escrivã e no livro é a secretária. Ela tenta conciliar a vida pessoal com a profissional. Tenta abraçar os dois casos, para ajudar essas mulheres, desde que Marta Campos se suicidou na sua frente.
    Gostei muito na introdução da cultura indígena. O jeito que foi trabalhado os assuntos no livro. Do caso Marta Campos, no qual o necrófilo é apresentado até o final do livro. 

O que gostei na série:
    Gostei muito da relação da Verônica com a sua filha. No qual incentiva sua filha, e conversa com ela para se amar do jeito que é.
    Do relacionamento proposto na série do Carvana com a Verônica.

Não gostei:
    Até mais ou menos o 6 episódios, estava muito bom, mas colocaram a corrupção da polícia, claro que devemos falar sobre isso, mas não era a hora certa ainda, talvez mais para frente. Com isso, o caso Marta Campos, perdeu o foco, meio que é deixado de lado. 



    No livro vemos a personalidade do Carvana, machista que quer se ver livre de encrenca, e diz para Verônica sobre a Marta. Por que essa mulher sujou justo a minha calçada?. Não dando a mínima e culpando a vítima, por cair em um golpe e ser violentada. Infelizmente ainda acontece muito isso, cultura do estupro, machismo e racismo estrutural em nossa sociedade. 

    Culpar a vítima por estar com uma roupa tal, dá mais abertura e liberdade para homens acharem que a mulher se estiver com a perna de fora é porque quer chamar a sua atenção. Lembre-se o estupro veio antes da mini saia.
    Está relacionado também, a ver a mulher apenas como um objeto sexual.

    Vou deixar aqui vídeos sobre Bom dia, Verônica no youtube.
    Canal: Beatriz Paludetto 

    Canal terra Brasil. O elenco fala sobre violência doméstica.

    Olhei a série pelo Netflix, e comprei o livro na Feito de letras.

    Deixe nos comentários a sua opinião, um abraço!!


    

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