Minha escrita

      Conheça minhas histórias  

                                                    Livre de gaiolas                                                                                                                               

      Sinopse: Livre de gaiolas fala através de versos livres e       rimas, acontecimentos na vida da autora e reflexões ao longo   de sua jornada, que mudou tudo e ela também. Trabalha     conexões com natureza e universo. Fala de todas gaiolas que   devemos abrir a porta para respirar e reflexões sobre nossa   sociedade, como metáfora faz uso das gaiolas, muitas vezes   vivemos em mundos que em nossa mente parecem tão   pequenos, com isso, nos tornamos reféns da realidade e a   situação em que vivemos, também o que a sociedade nos   obriga a acreditar.                                                                                   ¨Eu aprendi a guardar as lágrimas e transformar em arte e   versos¨                                                          
   - Tânia Duarte                                                                                                                               Baixe o e-book na Amazon no link

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Leia pequenas histórias 


Mais um dia como outros...

1° round
     Sentada na mesa 34, depois de um trabalho corrido de segunda, batia um vento no seu rosto, gratificante em um calor insuportável de verão, Observando os carros e tirando o esmalte preto que está descascando.
    O mundo refletia no seu olhar, como um espelho, refletindo o mar de pessoas indo para todas direções. Observava, mas se sentia observada.
    A cada passo que dava, sentia olhares em sua direção para vê-la passar. Mas não era para vê-la desfilar. Olhares de desejo, como um objeto em uma vitrine, seu corpo é uma exposição, mas embora tenha uma placa de não tocar, eles não estão dispostos a cumprirem regras.

2° round
    Indo no calor em um ônibus lotado, quase que não consegue se segurar. Os gaviões estão a caça e ela é uma presa fácil, presa em uma caixa. Eles aproveitam o balançar do ônibus, o seu ambiente de caça e ela é uma ave, garantindo comida para seu ninho, mas os gaviões estão a solta. O gavião sabe o que está fazendo, mas aproveita o balançar para se esfregar, finge que não aconteceu nada.

Para todas, que um
dia foram oprimidas sem ter
o seu lugar para
decidir como quer viver.

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Aquela conexão lá...

   Imagina poder dançar conforme a música, imagina ter aquela conexão que faz sentir a alma sambar em cima daquela música que gostávamos de ouvir juntas. Eu sei, nada é para sempre, mas e por quê não?
    Por que ficamos buscando explicações para coisas tão óbvias? Tipo aquela conexão e blá, blá, blá... você sabe do que estou falando. Mas me fala daquela conexão que você deixou no silêncio. Que você só viu os contras e esqueceu que sempre existe um pró naquela faísca.

    E por quê não queimar, amar, rimar e falar?

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A rua feita de tristeza...

    Eu passava na Av. Borges de Medeiros, todos os dias, por volta das 10 horas, naquela casa e arco íris e lembrava dela. E quando lembrava dela, olhava aquela fábrica de flores, olhava e lembrava, pois o sentimento de não conseguir me desprender de minhas amarras, que era ela, então me lembrava.

    Mas estava na hora de eu me desprender, então decidi que não iria pensar nela, iria passar pela outra rua, pois aquele sofrimento de ver ela em todas aquelas flores estava me matando. Resolvi passar na outra rua para ir ao serviço, ao passar naquela esquina da Duque de Caxias com Marechal Deodoro, lembrava dela também. Aquela biblioteca lembrava dos passos dela, e os cabelos ao vento vindo em minha direção, tudo ali lembrava ela.

    Então no dia seguinte, decidi passar pela outra rua, chamada rua Bento Martins, uma rua movimentada, e me deparei com um lugar conhecido, me lembrei dela no mesmo instante, aquele local que era radiante, e até a fumaça do café me lembrava ela, lembrava dos seus cafés quentes e o gostinho saboroso, mas não me atrevi a sentar ali, fui embora.

    Na última tentativa de não me lembrar mais da minha amada, fui passar na rua Mário Totta, comecei a caminhar pela rua, e quanto mais eu caminhava, crescia um sentimento estranho, um sentimento duvidoso, pois não tinha uma alma viva naquela rua, por que ninguém passava naquela rua? Mas caminhei naquela rua cinza. Um dia quase normal, fui para o trabalho, voltei naquele ônibus lotado de quinta-feira, cheguei em casa exausta. Então veio um pensamento, eu não tinha pensado nela todo dia, nem ao passar naquela rua.

    No entanto, mesmo não ter lembrado dela, eu não conseguia me livrar de minhas amarras ¨que era ela¨ pois percebi que não tinha pensado nela, porque aquela rua, era uma rua feita de tristeza, e que as outras ruas eram feitas de arco íris, das lembranças que eu tinha dela e da saudade que eu tinha dos cafés saborosos que ela fazia...

    Decidi então ficar com aquelas lembranças com ela, com aquelas amarras, e com todo o amor que ela deixou para trás...

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Poemas 

Ao pensar em ser poeta,
posso reunir as frases mais belas
ou me sentir presa
em uma floresta.

Faço poemas
para rimar pensamentos
que desapareciam, mas no
meio de tanta coisa, eles me envolviam.

Como a cada batida
do meu coração,
eu mudava a minha expressão 
e buscava uma explicação.

Espero ser bem-vinda ,
para rimar sobre minha vida.
Me encontro olhando a brisa do vento,
escutando Isa.

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Os meus olhos gritavam,
revelando o eco dos
meus sentimentos.
Buscando a paz oca, 
revelando o medo.

Eu e a realidade estávamos
em conflito.
Igual a guerra que nos uniu.
Por mais que eu lute 
a cada conflito, ´´e um alívio por segundo.

(O mesmo tempo das batidas do meu coração acelerado)

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As palavras são cantas,
poesia apaixonada.
Reflete em meu olhos, 
o brilho do teu sorriso.
Que nada mais é
do que o farol da minha inspiração.

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Poema feito de fases e escolhas

Sobreviver
sofrer 
me render
morrer ⇠
👉escolher
amanhecer
⇢ nascer 
viver 

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Poesia e rima 
do dia a dia.
Sorridente com a vida.
Sonhando com o que 
não tinha.

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Relíquias da minha alma velha

Os meus sentimentos

São tão naturais quanto
a profundidade das minhas lágrimas.

São tão naturais quanto a revolução
e a sobrevivência delas na minha face.

São tão naturais quanto a poeira
das relíquias da minha alma velha.

São tão naturais quanto a minha alma,
 transbordando 
como mares na correnteza dos meus pensamentos.

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